quarta-feira, 2 de junho de 2010

Oque vc precisa saber sobre cirurgia bariátrica...


Existem variações das formas de Cirurgia Bariátrica? Quais são?

As cirurgias podem ser divididas em dois tipos: o primeiro, onde há uma redução do tamanho do estômago, estabelece restrições. Existem três variações neste tipo de cirurgia bariátrica. Elas são denominadas: 1) banda vertical ajustável; 2) gastroplastia vertical; 3) gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux. Esta última, chamada Capella ou Fobi-Capella, é a mais utilizada e foi desenvolvida por cirurgiões. Além da restrição por diminuição do volume do estômago, ocorre uma pequena disabsorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado.

O segundo tipo de Cirurgia Bariátrica é a disabsortiva (ou Derivação bilio-pancreática), chamada de cirurgia de Scopinaro. Neste caso, o paciente tem mais liberdade de comer maior quantidade de alimentos, já que não há grande diminuição do estômago que fica com 2/3 do seu tamanho. O que funciona aqui é o grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso.

Em que casos de obesidade a cirurgia é recomendada? Quais as contra indicações?

A recomendação é para pacientes com índice de massa corporal IMC igual ou maior que 40, ou igual ou maior que 35, caso ele tenha comorbidades associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, dislipidemias. A cirurgia também é indicada em pacientes com idade entre 18 e 65 anos e história de tratamentos clínicos, por pelo menos 1 ano, sem sucesso.

Em todos os casos existem duas perguntas a serem respondidas: 1) o paciente está dentro dos critérios de indicação? 2) há algum critério de contra-indicação, tais como doenças graves como cirrose hepática, doenças renais, psiquiátricas, vícios (droga, alcoolismo), disfunções hormonais, etc?

Em todos os casos o paciente deverá, obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades, riscos e limitações de cada cirurgia. Ele deverá participar de reuniões com a equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da sua decisão.

Que profissionais estão envolvidos na cirurgia?

A equipe é composta por cirurgiões, endocrinologista, nutricionista, psiquiatra ou psicólogo (no nosso caso preferimos ter os dois)

É necessário o acompanhamento psicológico?

O acompanhamento não é obrigatório. Somente para aqueles em que o endocrinologista ou cirurgião julgue necessário. Todos, sem exceção, têm de passar por entrevista prévia com o psicólogo ou psiquiatra.

Quais os cuidados a serem tomados antes e depois da operação?

Depende de cada caso, mas há uma regra geral: avaliação clínico-laboratorial com exames de sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia e ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia digestiva e pesquisa de H. Pylori e avaliação de função respiratória que será quão mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso. Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio a cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica.

Quais as reações do organismo após a operação?

O paciente já sai do hospital, em média, com menos dois quilos. Nos primeiros meses, a redução no peso chega ser de sete a oito quilos. Os pacientes com quadro de diabetes melhoram imediatamente, chegando a reduzir ou interromper o uso de insulina (diabetes tipo 2). A complicação mais difícil de ser tratada é a pressão arterial. Ela demora mais a estabilizar e o paciente não interrompe o uso de medicamentos.

Os pacientes operados deverão continuar a fazer dieta após a operação?

A expressão correta não é "fazer dieta". Os pacientes necessitarão uma orientação nutricional para evoluírem de uma alimentação líquida para pastosa e, depois, para sólida. Há a necessidade de suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas nos primeiros dias ou meses, cuidadosa orientação para os alimentos que podem causar "impactação" e orientação permanente para uma alimentação com os vários micronutrientes e macronutrientes. Isto varia de paciente para paciente. Em alguns posso necessitar suplementar mais cálcio, em outro ferro e vitamina B, etc.

Após a cirurgia o paciente continuará usando algum medicamento?

Sim. O maior problema destas cirurgias a longo prazo é a desnutrição. Entenda-se aqui que um déficit de vitamina B12, embora não haja déficit de outras vitaminas ou de algum macronutriente. Casos de desnutrição são comuns. Em pacientes com desnutrição grave é necessária a internação. É obrigatório a suplementação com vitaminas e, freqüentemente, temos que repor mais a B12. O ferro também é necessário com freqüência.

8 comentários:

CAROL NUNES disse...

quando eu operei minha taxa IMC estava acima de 40...obesidade grau 3

Anônimo disse...

Oi querida
Eu tava com grau II
Mas com várias comorbidades: pressão alta- pré diabetes- dislipdemias- problemas articulares nos joelho e quadril.. é mole?
Sorte que não seremos mais isso II ou III....
beijos

Patrícia disse...

amiga bom feriado...
suas dicas e esclarecimentos são otimos.mil bjos

Cristina disse...

Muito legal seu blog!
Esse texto vai ajudar muitas pessoas q ainda estão em dúvida se vão fazer ou não a cirurgia!
Super beijo!

Tatinha disse...

oie!! Eu vi que voce ta me seguindo, vim retribuir a visita e pedir pra voce divulgar meu blog tb!! Tamos juntas nessa luta!
=)

Mudança de Vida disse...

como q eu faço pra te seguir, msm? eskeci =(

Éé, inacreditável... meu IMC é disparado maior q 40 =/ gente xokei!
Vc fez sua cirurgia ha kuanto tempo?

Bjss minha + nova amiga =p
=************

Albonéia disse...

Oi tem selinho para vc no meu blog vai lá buscar bjs.

Priscila disse...

Oi Carol, acho muito legal este tipo de divulgação. Quando estamos a procura de informações para operar, quanto mais coisas acharmos,mais seguras ficamos para ir atras da cirurgia.

bjs

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